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Essa é a premissa que move esta série de retratos autorais em preto e branco. Aqui, o campo se transforma em estúdio — um espaço vivo e imprevisível, onde a luz não se controla, apenas se percebe. Cada imagem nasce do instante em que o olhar atento reconhece o que o jogo, o suor e o silêncio do corpo têm a dizer.

Mais do que retratar atletas, o propósito é revelar o invisível: o que pulsa por dentro de quem vive o futebol em sua essência. A fotografia, nesse contexto, não é documento, mas tradução — uma tradução poética da intensidade humana sob o peso da camisa, da superação e da entrega.

O preto e branco não é ausência de cor, mas presença de verdade. Ele depura o supérfluo e acende o essencial: luz, sombra, gesto, respiração.
Cada retrato é o eco de um instante que não se repete — onde o corpo se faz escultura e o movimento se eterniza em forma.

Essa série é o testemunho de um olhar que não busca o gol, mas o que acontece entre o toque e o pensamento, entre o esforço e o silêncio.
Porque no futebol, assim como na arte, o mais profundo não se vê. Se sente.